terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Os pais perante o jovem que começa o uso de drogas

Antes das reprimendas e desesperos, vale uma pausa para meditar nas possíveis causas dessa desafortunada escolha do jovem.

A droga representará uma fuga para aqueles atormentados em si próprios, desassistidos no lar, muitas vezes, vivendo em gaiolas douradas, onde os pais sempre lhes deram tudo de material, sem lhes oferecerem o coração compreensivo, os ouvidos atentos, os olhos vigilantes. Muitos saíam e voltavam, sem que seus pais soubessem onde e com quem estavam, nas fases de estruturação do carácter, quando pesam influências exteriores às do lar, mormente quando as do lar não primaram pelo acompanhamento, pelo diálogo, pela leitura atenta dos discursos silenciosos dos adolescentes.

Nesses casos, que se abra mão do orgulho perturbador, que se busque o auxílio médico e a ajuda espiritual no seu campo de crença. Caso não tenha um ponto de apoio espiritual definido, que lhe garante sustento na fase difícil, as Instituições Espíritas, quando bem orientadas pela Codificação Kardequiana, muito lhes poderá socorrer por meio da oração, da sua fluidoterapia, das técnicas dialogais e da desobsessão, pois os casos de adentramento nos vícios de quaisquer naturezas acabam por atrelar-se a processos obsessivos.

Verificar quanto à possibilidade de procurar a inestimável ajuda que os grupos dos Alcóolicos-Anónimos (Al-Anon) ou dos Narcóticos-Anónimos (NarAnon), costumam prestar à sociedade, com sua dinâmica de envolver pais, amigos e familiares dessa criatura vitimada pela infelicidade da drogadição.

Ante os filhos assinalados pela dependência química, junto a todas as providências médico-espirituais, jamais desistam do amor, do envolvimento afectivo e maduro, lúcido e bom, confiando na Providência de Deus, e pondo em Suas Mãos, os seres que vieram para um destino abençoado na reencarnação, e que, por um ou por outro motivo, deixaram-se arrastar pela viciação.

Do livro "Desafios da educação", pelo espírito Camilo ditado a J. Raul Teixeira, pág. 46/47,

Editora FRATER

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