domingo, 7 de dezembro de 2008

O Passe

1 – As suas origens, aplicações e efeitos
O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos Evangelhos. Tem a sua origem nas práticas de cura do Cristianismo Primitivo. A sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus. Mas há um passado histórico que não podemos esquecer. Desde as origens da vida humana na terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo (resíduo do rito do barro), a mistura de saliva e terra para aplicação no doente. No próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Mas Jesus agiu sempre, em seus actos e em suas práticas, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influência de costumes religiosos da época. Todo o seu ensino visava afastar os homens das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas. Caso, contrário, Jesus teria procedido de maneira incoerente no tocante aos seus ensinamentos e os seus exemplos, o que seria absurdo.
O passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje se envolveram alguns teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito superado. Os espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas a prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita, que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só serve para ridicularizar o passe, o passista e o paciente. A formação das chamadas pilhas mediúnicas, com o ajuntamento de médiuns em torno do paciente, as correntes de mãos dadas ou de dedos se tocando sobre a mesa – condenadas por Kardec – nada mais são do que resíduos do mesmerismo do século passado, inúteis, supersticiosos e ridicularizantes.
Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de atividades materiais. Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer. Queremos dirigir, orientar os fluidos espirituais como se fossem correntes elétricas e manipulá-los como se a sua aplicação dependesse de nós. O passista espírita consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais – e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa – limita-se à função mediúnica de intermediário. Se pede a assistência dos Espíritos, com que direito se coloca depois no lugar deles? Muitas vezes os Espíritos recomendam que não se façam movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os passes. Ou confiamos na acção dos Espíritos ou não confiamos e neste caso é melhor não os incomodarmos com os nossos pedidos.
O passe espírita é prece, concentração e doação. Quem reconhece que não pode dar de si mesmo, suplica a doação dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles por quem pedimos, não nós, que em tudo dependemos da assistência espiritual.
2 - Magia e religião
O passe nasceu nas civilizações da selva como um elemento de magia selvagem, um rito das crenças primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as coisas, sugeria a existência, nelas, de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações quotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão dos dedos estancando o sangue ou expulsando um espinho ou o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma cobra. Os poderes mágicos das mãos confirmavam-se também nas imprecações aos deuses, que eram simplesmente os espíritos. As bençãos e as maldições foram as primeiras manifestações típicas dos passes. O selvagem primitivo não teorizava, mas experimentava instintivamente e aprendia a fazer e desfazer com o poder das mãos. Os deuses o auxiliavam, socorriam, instruíam nas suas manifestações mediúnicas naturais. A sensibilidade mediúnica aprimorava-se nas criaturas mais sensíveis e assim surgiram os pajés, os feiticeiros, os xamãs, os mágicos terapeutas, curadores.
A descoberta do passe acompanhava e auxiliava o desenvolvimento do rito, da linguagem e da descoberta de instrumentos que aumentavam o poder das mãos. Podemos imaginar, como o fez André Lang, um homem primitivo olhando intrigado o emaranhado de riscos da palma de sua mão, sem a mínima ideia do que aquilo poderia significar. Os seus descendentes iriam admitir, mais tarde, que ali estavam traçados os destinos de cada criatura. O mistério da mão humana foi um elemento essencial do desenvolvimento da inteligência e especialmente da descoberta lenta e progressiva, pelo homem, do seus poderes internos. Dos tempos primitivos até aos nossos dias, a mão é o símbolo do fazer que nos leva ao saber. Enquanto a Lua, o Sol, as Estrelas atraíam os homens para o mistério do cosmos, a mão os levava a mergulhar nas profundezas da natureza humana.
Dessa dialética do interior e do exterior nasceram a Magia e a Religião. A Magia é prática, nasceu das mãos e funcionava através delas. A Religião é teórica, nasceu dos olhos, da visão abstrata do mundo e funciona no plano das ideias. Na Magia, os homens submetem os deuses ao poder humano, obrigam a Divindade a obedecê-los, a fazer por eles. Na Religião, os homens se submetem aos deuses, suplicam a protecção da Divindade. Mas, apesar dessa distinção, as religiões não se livraram dos resíduos primitivos das fórmulas mágicas. Todas as Igrejas da actualidade, mesmo após as reformas recentes, apegam-se ao fazer dos mágicos, através dos seus sacramentos. O exemplo mais claro disso é o sacramento da Eucaristia, na Igreja Católica, pelo qual o sacerdote obriga Deus a materializar-se nas espécies sagradas da hóstia, para que o crente possa absorvê-lo e purificar-se com a sua ingestão.
No Espiritismo os resíduos mágicos não podiam existir, pois trata-se de uma doutrina racionalista, mas o grande número de adeptos provindos dos meios religiosos, sem a formação filosófica e científica da Doutrina, carreiam esses resíduos para o nosso meio, numa tentativa de padronização de práticas espíritas e de transformação dos passes num fazer dos médiuns e não dos espíritos. É tipicamente mágica a atitude do médium que pretende, com a sua ginástica, limpar a aura de uma pessoa ou limpar uma casa. As tentativas de cura através desses bailados mediúnicos revela confiança mágica do médium no rito que pratica. Por isso Jesus ensinou simplesmente a imposição das mãos acompanhada da oração silenciosa. A oração em voz alta e em conjunto é também um resíduo mágico, pelo qual se tenta obrigar a Deus ou aos Espíritos a atenderem os clamores humanos. A religião racional, e portanto consciente, baseia-se na fé esclarecida pela razão, que não comporta de maneira alguma essas e outras práticas formais e carregadas de misticismo igrejeiro.
3 - A técnica do passe
Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que fazem. A técnica do passe não pertence a nós mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face dos seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam. Nada sabem da natureza dos fluidos, da maneira apropriada e eficaz de aplicá-los, dos efeitos diversos que eles podem causar. Na verdade o médium só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica dos fluidos. É simples atrevimento – e portanto charlatanismo – querer manipulá-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério. As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos mediúnicos formados ao redor do paciente são passes fortes, assemelham-se às que acreditam mais na força da macumba, com os seus apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de Kardec até hoje, mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente, do que todas as encenações e alardes de força dos ingénuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
4 - Passe à distância
Não há distância para a acção dos passes. Os Espíritos Superiores não conhecem as dificuldades das distâncias terrenas. Podem agir e curar através das maiores lonjuras. Esse facto, constactado e demonstrado pelo espiritismo e ridicularizado pelos cientistas materialistas, está hoje cientificamente comprovado pelas pesquisas em todo o mundo, através de pesquisas e experiências dos principais centros universitários da actualidade. A telepatia, transmissão do pensamento, intenções e desejos, e psicapa, acção da mente sobre a matéria, só podem ser negadas hoje por pessoas (cientistas ou não) que estiverem cientificamente desactualizadas, e, portanto, sem autoridade para opinar a respeito.
Não obstante, não se deve desprezar a importância do efeito psicológico da presença do paciente no ambiente mediúnico ou da presença do passista junto a ele. Temos, nesse caso, dois elementos importantes de eficácia no tratamento por passes. O efeito psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente pela sua presença num ambiente de pessoas interessadas a ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de segurança e confiança em si mesmo. Trata-se de uma reação anímica (da própria alma do paciente) por isso mesmo psicológica, conhecida na Psicologia como estímulo de conjunto, em que se quebra o desânimo da solidão. Por outro lado, a visita do passista ao paciente isolado em casa dá-lhe a sensação de valor social, reanimando-lhe a esperança de volta à vida normal. Além disso, a presença do paciente numa reunião lhe permite receber a ajuda do calor humano dos outros e da doação fluídica directa, seja do médium ou também de pessoas que o acompanham. Assim, o passe à distância só deve ser empregado quando for de todo impossível o passe de contacto pessoal.
São esses também os motivos que justificam a prática dos passes individuais nos Centros, onde todos sabem que ninguém deixa de ser assistido de receber a fluidificação necessária.
5 - Passe de auxílio mediúnico
Nas sessões de manifestações de Espíritos para doutrinação o passe é empregado como auxiliar dos médiuns ainda em desenvolvimento, incapazes de controlar as manifestações de entidades rebeldes. A técnica espírita não é de violência, como nas práticas superadas do exorcismo, mas de esclarecimento e persuasão. A ajuda fluídica ao médium envolvido faz-se apenas através da imposição das mãos, sem tocar o médium. Certas pessoas aflitas ou mal iniciadas no assunto procuram segurar o médium, agarrá-lo com força e sujeitá-lo. Isso serve apenas para provocar a reacção da entidade, provocando tumulto na reunião. O médium descontrola-se ainda mais e a entidade aproveita-se disso para tumultuar a sessão. Chama-se o médium pelo nome, pede-se a ele que reaja e adverte-se a entidade para se acalmar, sem o que se prejudicará, a si mesma. Não se deve esquecer que a força do passe é espiritual e não a força física. Os Espíritos auxiliares estão ao redor e retiram a entidade rebelde. O médium novato e o que dá o passe de auxílio precisam estar instruídos sobre a possibilidade dessas ocorrências e sobre o comportamento certo a adoptar. Essas observações devem ser sempre repetidas nas sessões dessa natureza, para que o passe de auxílio não se converta em motivo de tumulto. Esse é um aspecto do problema do passe que muitos têm dificuldade de compreender, por falta de uma compreensão exacta da natureza puramente espiritual do passe.
6 - Preparação para o passe
É muito comum chegarem pessoas ao Centro, ou mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo passe com urgência. O passe não pode ser dado a qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser sempre precedido de preparação do passista e do ambiente, bem como do paciente. O médium precisa de preparação para bem se dispor ao ato mediúnico do passe. Atender a esses casos imediatamente é dar prova de ignorância das leis do passe. Tudo depende de sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do médium com o seu estado íntimo; sintonia do passista com o Espírito que vai atendê-lo; sintonia das pessoas presentes com o ambiente que se deve formar no recinto. Tudo isso se consegue através da prece e do interesse de todos pela ajuda ao necessitado. Dar um passe sem essas medidas preparatórias é uma imprudência e um desrespeito aos Espíritos, que podem estar empenhados em outros afazeres naquele momento. A falsa ideia de que basta estendermos as mãos sobre uma pessoa para socorrê-la é uma pretensão que tem as suas raízes nas práticas mágicas. O passe não é um acto de magia, mas uma acção consciente de súplica às entidades espirituais superiores que nos amparam. A existência e a acção dessas entidades não são uma suposição, mas uma realidade provada cientificamente e hoje necessariamente integrada nas leis naturais, pois não decorre de visões místicas, mas de factos, de fenómenos objectivos cujas leis já foram descobertas. Os fenómenos paranormais não são de natureza mágica nem pertencem ao mito, mas ao real verificável por métodos adequados de pesquisa e até mesmo por meios tecnológicos.
7 - Transfusão fluídica
O passe é uma transfusão de plasma extrafísico (para usarmos essa expressão de Rhine) certamente composto de partículas livres de antimatéria. Nas famosas pesquisas da Universidade de Kirov, na URSS, em que os cientistas soviéticos (materialistas) descobriram o corpo-bioplásmico do homem, verificou-se por meios tecnológicos recentes que a força-psíquica de Willian Crookes é uma realidade vital na nossa própria estrutura psicofísica. O ectoplasma de Charles Richet, agindo nessas experiências como um plasma radiante, confirmou a teoria espírita (de Kardec) da acção de fluidos semimateriais nos fenómenos de telecinesia (movimento e levitação de objectos à distância). A suposta incompatibilidade de matéria e antimatéria já havia sido afastada pela produção em laboratório de um antiátomo de Hélio, comprovando-se a realidade dos espaços interpenetrados. De todas essas conquistas resultou necessariamente a comprovação da existência dos fluidos vitais invisíveis do organismo humano e de todos os organismos vivos, fotografados pelas Câmeras Kirlian. O oficialismo ideológico soviético fez calar os cientistas, em defesa do materialismo de Estado, mas a descoberta foi registrada e divulgada por pesquisadoras da Universidade de Prentice Hall, nos Estados Unidos.
Essa epopéia científica e tecnológica da Universidade de Kirov, combatida também pelo espiritualismo igrejeiro, deu-nos a chave do mistério das mãos humanas e do passe. Raul de Montandon já havia obtido na França, por meios mais modestos, fotos de corpos bioplásmicos de animais inferiores, e Gustavo Geley comprovara, em Paris, o fluxo de ectoplasma em torno das sessões mediúnicas. As mãos humanas funcionam, no passe espírita como antenas que captam e transmitem as energias do plasma vital de antimatéria. Hoje conhecemos, portanto, toda a dinâmica do passe espírita como transmissão de fluidos no processo aparentemente simplíssimo e eficaz do passe. Não há milagre nem sobrenatural na eficácia do passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus há dois mil anos. Essas as razões que nos levam a exigir, na actualidade, o respeito que o passe merece.
8 - A ciência do passe
Embora com boas intenções, as pessoas que se apressaram a oferecer ao público os lineamentos de uma Ciência do Passe, baseando-se em experiências comuns do passe utilizado nos Centros Espíritas, cometeram uma leviandade. Kardec colocou o problema do passe em termos científicos, no campo da Fluídica, ou seja, da Ciência dos Fluidos. Com o seu rigor metodológico, ligou o passe à estrutura dinâmica do perispírito (corpo espiritual), hoje reconhecido como a fonte de todas as percepções a atividades paranormais. A Fluídica é hoje uma Ciência Tecnológica, voltada apenas para o estudo dos fluidos materiais de propulsão. As descobertas actuais da Parapsicologia, e particularmente as da Universidade de Kirov, confirmaram a validade da posição secularmente precursora de Kardec. A Fluídica se abre, ante o avanço da Física Nuclear, para a pesquisa da dinâmica dos fluidos em todo o Cosmos. Só agora começamos a dispor de elementos para um conhecimento exacto, o que vale dizer científico, da problemática bimilenar do passe.
Nas experiências de Kirov as manifestações dos fluidos foram vistas e fotografadas pelos cientistas soviéticos, que arriscaram a cabeça para proclamar a importância dos fluidos mediúnicos na terapêutica do futuro. Essa foi mais uma vitória da Ciência Espírita através das pesquisas de cientistas materialistas. Isso prova que a Ciência, no fundo, não é mais do que o método geral da pesquisa e comprovação objectiva da realidade, que ao contrário das restrições kantianas e das múltiplas classificações metodológicas em vigor, é essencialmente uma só, como sustentava entre nós Carlos Imbassahy. Por qualquer lado que invadirmos o campo do real, através de pesquisas científicas, chegamos sempre a conclusões coincidentes.
No tocante ao passe, as teorias psicológicas da sugestão, dos estímulos provocados no organismo humano estão hoje superadas pelas descobertas objectivas da Fluídica aplicada ao Psiquismo. A Medicina Psicossomática é uma prova disso.
Quando, porém, passamos os limites da sugestão natural para os excessos da gesticulação e da fabulação – como se faz nos pedidos ao paciente para que imagine entrar numa sala doirada etc., - perturbamos através de desvios imaginários a acção, naturalmente controlada pelos dispositivos do inconsciente (consciência subliminar de Myers) o processo natural de reajuste e cura.
Quando Kardec propôs a tese da natureza semimaterial do perispírito (corpo bioplásmico) a expressão pareceu estranha e rebarbativa nos meios científicos. As pesquisas de Crookes, Notzzing, Crawford, Geley, Imoda e Richet, além de outros, provaram posteriormente o acerto de Kardec. Actualmente as Ciências reconheceram que a explicação dos campos de forças não dispensa o reconhecimento de uma conjugação constante de energia e matéria em todas as estruturas dinâmicas da Terra, do Homem e do Espaço sideral. Tudo isso nos mostra que o estudo científico do passe não pode ser feito por pessoas desprovidas de conhecimentos científicos actualizados. O Kardec superado, dos espíritas pretensiosos dos nossos dias está sempre na dianteira das conquistas actuais. O Espiritismo é a Ciência e acima de tudo a Ciência que antecipou e deu nascimento a todas as Ciências do Paranormal, desde as mais esquecidas tentativas científicas do passado até à Metapsíquica de Richet e a Parapsicologia actual de Rhine e McDougal. Qualquer descoberta nova e válida dessas Ciências tem as suas raízes n’O Livro dos Espíritos.
Todos os acessórios ligados à prática tradicional do passe devem ser banidos dos Centros Espíritas sérios. O que nos cabe fazer nessa hora de transição da Civilização Terrena não é inventar novidades doutrinárias, mas penetrar no conhecimento real da doutrina, com o devido respeito ao homem de ciências e cientista eminente que a elaborou, na mais perfeita sintonia com o pensamento dos Espíritos Superiores.
J. Herculano Pires
Obsessão - o Passe - a Doutrinação

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