domingo, 12 de abril de 2009

Os demónios segundo e espiritismo

Segundo o Espiritismo, nem anjos nem demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres inteligentes é uma só. Unidos a corpos materiais, esses seres constituem a Humanidade que povoa a Terra e as outras esferas habitadas; uma vez libertos do corpo material, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos, que povoam os Espaços. Deus criou-os perfectíveis e deu-lhes por objetivo a perfeição, com a felicidade que dela decorre. Deus não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis que a obtivessem por seu próprio esforço, a fim de que também e realmente lhes pertencesse o mérito. Desde o momento da sua criação que os seres progridem, quer encarnados, quer no estado espiritual. Atingido o apogeu, tornam-se Espíritos puros ou anjos, segundo a expressão vulgar; de sorte que, desde o embrião do ser inteligente até ao anjo, há uma cadeia ininterrupta, na qual cada um dos elos assinala um grau de progresso.


Disso resulta que há Espíritos em todos os graus de adiantamento moral e intelectual, conforme a posição em que se acham, no alto, embaixo ou no meio da imensa escala do Progresso.


Em todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores destacam-se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal e comprazendo-se com o mal. A estes pode-se denominar demônios, pois são capazes de todos os malefícios aos ditos atribuídos. O Espiritismo não lhes dá tal nome, pois entende que o mesmo se prende à idéia de uma criação distinta do gênero humano, com seres de natureza essencialmente perversa, votados ao mal eternamente e incapazes de qualquer progresso para o bem.


Segundo a doutrina da Igreja os demônios foram criados bons e tornaram-se maus por sua desobediência: são anjos colocados primitivamente por Deus no ápice da escala, tendo dela decaído. Segundo o Espiritismo os demônios são Espíritos imperfeitos, suscetíveis de regeneração e que, colocados na base da escala, hão de nela graduar-se.


Os que por indiferença, negligência, obstinação ou má-vontade persistem em ficar, por mais tempo, nas classes inferiores, sofrem as conseqüências dessa atitude, e o hábito do mal dificulta-lhes a regeneração. Chega-lhes, porém, um dia a fadiga dessa vida penosa e das suas respectivas conseqüências; eles comparam então a sua situação à dos bons Espíritos e compreendem que o seu interesse está no bem, procurando então melhorarem-se, mas por ato de espontânea vontade, sem que haja nisso o mínimo constrangimento. Eles estão submetidos à lei geral do progresso, em virtude da sua aptidão para progredir, mas não progridem, ainda assim, contra a vontade. Para isso Deus fornece-lhes constantemente os meios, porém, com a faculdade de aceitá-los ou recusá-los. Se o progresso fosse obrigatório não haveria mérito, e Deus quer que todos tenhamos o mérito de nossas obras. Ninguém é colocado em primeiro lugar por privilégio; mas o primeiro lugar a todos é franqueado à custa do esforço próprio. Os anjos mais elevados conquistaram a sua graduação, passando, como os demais, pela rota comum.


Chegados a certo grau de pureza, os Espíritos têm missões adequadas ao seu progresso; preenchem assim todas as funções atribuídas aos anjos de diferentes categorias.


E como Deus criou de toda a eternidade, segue-se que de toda a eternidade houve número suficiente para satisfazer às necessidades do Governo Universal. Deste modo uma só espécie de seres inteligentes, submetida à lei de progresso, satisfaz todos os fins da Criação.


Por fim, a unidade da Criação, aliada à idéia de uma origem comum, tendo todos o mesmo ponto de partida e a mesma trajetória a percorrer, elevando-se assim pelo próprio mérito, corresponde melhor à justiça de Deus do que a idéia da criação de espécies diferentes, mais ou menos favorecidas de dotes naturais, que seriam outros tantos privilégios.


A doutrina vulgar sobre a natureza dos anjos, dos demônios e das almas, não admitindo a lei do progresso, mas vendo, todavia, seres de diversos graus, concluiu assim que seriam produto de outras tantas criações especiais. E assim foi que chegou-se a fazer de Deus um pai parcial, tudo concedendo a alguns de seus filhos, e a outros impondo os mais rudes trabalhos. Não admira que por muito tempo os homens achassem justificação para tais preferências, quando eles próprios delas usavam em relação aos filhos, estabelecendo direitos de primogenitura e outros privilégios de nascimento. Podiam tais homens acreditar que andavam mais errados que Deus?


Hoje, porém, alargou-se o circulo das idéias: o homem vê mais claro e tem noções mais precisas de justiça; desejando-a para si e se nem sempre encontrando-a na Terra, ele quer pelo menos encontrá-la mais perfeita no Céu.


E aqui está por que lhe repugna à razão toda e qualquer doutrina na qual não resplenda a Justiça Divina na plenitude integral da sua pureza.




Texto retirado do livro “O Céu e o Inferno - A Justiça Divina Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec

A REENCARNAÇÃO




A doutrina da reencarnação é uma descoberta recente do espírito humano?



- De forma alguma: a humanidade sempre acreditou nela; toda a Antigüidade a professou; os grandes iniciados a ensinaram ao mundo e Jesus mesmo a ela se referiu em seu Evangelho.




Temos provas da reencarnação dos Espíritos?




- Sim, primeiramente as que os próprios Espíritos nos trazem em suas revelações; em seguida, as aptidões inatas de cada indivíduo, que determinam sua vocação e lhe traçam neste mundo as grandes linhas de sua vida. Daí, as diferenças materiais, intelectuais e morais que distinguem entre si os homens na Terra e explicam as desigualdades sociais.





Onde o Espírito reencarna?




- Por toda parte no universo. Todos os mundos são destinados a receber a vida sob suas formas variadas e em todos os graus.


Onde estava a alma, antes de encarnar num corpo?




- No espaço. O espaço é o lugar dos Espíritos, como o mundo terrestre é o lugar dos corpos.


Que é o espaço?




- É a imensidade, isto é, o infinito onde se movem os mundos, a esfera sem limites, que nosso limitado pensamento não pode conceber nem definir.




Por que o Espírito que está no espaço encarna em um corpo?




- Porque é a lei de sua natureza, a condição necessária de seus progressos e de seu destino. A vida material, com suas dificuldades, precisa do esforço e o esforço desenvolve nossos poderes latentes e nossas faculdades em germe.





O Espírito só encarna uma vez?




- Não. Ele reencarna tantas vezes quantas sejam necessárias para atingir a plenitude de seu ser e de sua felicidade.


Mas, para atingir esse fim, a pluralidade das existências é então necessária?




- Sim, porque a vida do Espírito é uma educação progressiva, que pressupõe uma longa série de trabalhos a realizar e de etapas a percorrer.


Uma só existência humana, quando é muito boa e muito longa, não poderia bastar ao destino de um Espírito?




- Não. O Espírito só pode progredir, reparar, renovando várias vezes suas existências em condições diferentes, em épocas variadas, em meios diversos. Cada uma de suas reencarnações lhe permite apurar sua sensibilidade, aperfeiçoar suas faculdades intelectuais e morais.


Dissestes que o Espírito reencarna para reparar; então, ele praticou o mal em suas vidas precedentes?




- Sim. O Espírito praticou o mal, já que não fez todo o bem que devia ter feito. Existe aí uma lacuna que é necessário preencher.




Que é o mal?




- É a ausência do bem, como o falso é a negação do verdadeiro e a noite a ausência da luz. O mal não tem existência positiva; ele é negativo por natureza. A prática do bem engrandece o nosso Ser; a sua omissão o diminui.




Como as reencarnações nos permitem reparar as existências falhas?




- Da mesma forma como o operário recomeça a tarefa que fez mal, assim o Espírito refaz a vida em que falhou.




Já que vivemos várias vezes, como se explica que não guardamos nenhuma lembrança de nossas vidas passadas?




- Deus não o permite, porque nossa liberdade ficaria diminuída pela influência da lembrança do nosso passado. “O que põe a mão na charrua, se quer fazer bem seu trabalho, não deve olhar para trás.”




Por qual fenômeno o esquecimento de nossas vidas anteriores se produz assim entre nós?




- No momento em que o Espírito reencarna, isto é, toma um corpo, à medida que nele penetra, suas faculdades adormecem, uma após outra; a memória se apaga e a consciência adormece. No momento da morte se produz o fenômeno contrário: à medida que o Espírito desencarna, as faculdades se desprendem, uma após outra, a memória se liberta, a consciência desperta. Todas as vidas anteriores vêm, pouco a pouco, ligar-se à vida que o Espírito acaba de deixar.


É necessário que a vida atual seja suspensa, adormecida, para que as vidas anteriores se revelem?




- Sim, como é necessário que o sol se deite para que as estrelas, ocultas nas profundezas da noite, apareçam a nossos olhos.




Não existe algum meio de provocar momentaneamente a lembrança das vidas passadas?




- Sim. Pela hipnose ou sono artificial em diversos graus. Sábios contemporâneos fizeram e ainda fazem em nossos dias experiências concludentes, que comprovam a realidade das existências anteriores.


Como se fazem essas experiências?




- Quando um experimentador consciencioso e competente encontra um indivíduo apto a suportar sua influência magnética, ele o adormece. Graças a esse sono, a vida presente é momentaneamente suspensa: então, a lembrança das vidas anteriores, adormecida nas profundezas da consciência, desperta e o indivíduo hipnotizado revê e narra todo o seu passado. Foram escritos livros inteiros sobre essas revelações preciosas, que nos fazem conhecer as leis do destino.





Retirado do livro 'Síntese Doutrinária' – Léon Denis








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Sugestão de leitura sobre o tema “regressão a vidas passadas”:

Livro “Muitas Vidas, Muitos Mestres” - Dr. Brian Weiss.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CONSIDERANDO A OBSESSÃO

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)


Com etiologia muito complexa, a alienação por obsessão continua sendo um dos mais terríveis flagícios para a Humanidade.


Não significando a morte o fim da vida, antes o inicio de nova expressão de comportamento, em que o ser eterno retorna ao Mundo Espiritual donde veio, a desencarnação liberta a consciência que jazia agrilhoada aos liames carnais, ora desarticulando, ora ampliando as percepções que melhor se fixaram nos painéis da mente, fazendo que o ser, agora livre do corpo físico, se revincule ou não aos sítios, pessoas ou aspirações que sustentou durante a vilegiatura carnal.


O amor, por constituir alta aspiração do Espírito, mantêm-no em comunhão com os objetivos superiores que lhe representam sustento e estímulo, na marcha do progresso. Assim, também, o ódio e todo o seu séqüito de paixões decorrentes do egoísmo e do orgulho, reatam os que romperam os grilhões da carne àqueles que foram motivo das suas aflições e angústias, especialmente se se permitiram guardar as idéias e reações negativas equivalentes.


Sutilmente a princípio, em delicado processo de hipnose, a idéia obsidente penetra a mente do futuro hóspede que, desguardado das reservas morais necessárias à manutenção de superior padrão vibratório, começa a dar guarida ao pensamento infeliz, incorporando-o às próprias concepções e traumas que vêm do passado, através de cujo comportamento cede lugar à manifestação ingrata e dominadora da alienação obsessiva.


Vezes outras, através do processo da agressividade violenta, com que a indução obsessiva desorganiza os registros mentais da alma encarnada, produz-se o doloroso e lamentável domínio que se transforma em subjugação de longo curso.


Noutras oportunidades, inspirando sentimentos nefastos, latentes ou não no paciente desavisado, os desencarnados em desdita nele instalam o seu baixo teor vibratório, logrando produzir variadas distonias psíquicas e emocionais, que o atormentam e desgovernam, graças à inditosa dependência em que passa a exaurir-se, a expensas da vontade escravizante do hóspede que o encarcera e aflige...


Pululam por toda parte os vinculados gravemente às Entidades perturbadoras do Mundo Espiritual inferior.


Obsidiados, desse modo, sim, somos quase todos nós, em demorado trânsito pelas faixas das fixações tormentosas do passado, donde vimos para as sintonias superiores que buscamos.


Muito maior, portanto, do que se supõe, é o número dos que padecem de obsessões, na Terra.


Lamentavelmente, esse grande flagelo espiritual que se abate sobre os homens, e não apenas sobre eles, já que existem problemas obsessivos de várias expressões, como os de um encarnado sobre outro, de um desencarnado sobre outro, de um encarnado sobre um desencarnado e, genericamente, deste sobre aquele, não tem merecido dos cientistas nem dos religiosos o cuidado, o estudo, o tratamento que exige.


Antes, vinculados a preconceitos injustificáveis, os cientistas e religiosos se entregavam à indiferença, quando não à perseguição sistemática aos portadores de obsessões, acreditando que, ao destruírem as vítimas de tão grave enfermidade, aniquilavam a ignorada causa do problema...


Aliás, ainda hoje, a situação. é idêntica, variando, apenas, na forma de encarar a questão.


Mesmo as modernas Ciências, que se preocupam em conhecer profundamente a psique humana, colocam, a priori, os problemas obsessivos à margem, situando-os em posições muito simplistas, já que os seus pesquisadores se encontram atados a raciocínios e conclusões de fisiologistas e psicólogos do século passado, que se diziam livres de qualquer vinculação com a alma...


Repontam, é verdade, aqui e ali, esforços individuais, tentando formular respostas claras e objetivas às tormentosas interrogações da afligente quão severa problemática, logrando admitir a possibilidade da interferência da mente desencarnada sobre o deambulante do escafandro orgânico.


Terapêutica salutar, porém, para a magna questão, é a Doutrina Espírita. Não apenas como profilaxia, mas, ainda, como terapêutica eficiente, por assentar as suas lições e postulados nos sublimes ensinamentos de Jesus-Cristo, com toda a justiça cognominado “O Senhor dos Espíritos”, graças à sua ascendência, várias vezes demonstrada, ante as Entidades ignorantes, perturbadoras e obsessoras.


A Allan Kardec, o ínclito Codificador do Espiritismo, coube a tarefa de aprofundar sondas e bisturis no organismo e na etiologia das alienações por obsessão, projetando luz, meridiana sobre a intricada enfermidade da alma. Kardec não somente estudou a problemática obsessiva, como também ofereceu medidas profiláticas e terapêutica salutar, firmado na informação dos Espíritos Superiores, na vivência com os obsidiados, como pela observação profunda e meticulosa com que elaborou verdadeiros tratados de Higiene Mental, que são as obras do Pentateuco Espírita, esse incomparável monólito de luz, que inaugurou era nova para a Ciência, para a Filosofia, tornando-se o Espiritismo a Religião do homem integral, da criatura ansiosa por religação com o seu Criador.


Diante de qualquer expressão em que se apresentem as alienações por obsessão ou em que se manifestem suas seqüelas, mergulhemos a mente e o coração no organismo da Doutrina Espírita, e, procurando auxiliar o paciente encarnado a desfazer-se do jugo constrangedor, não olvidemos o paciente desencarnado, igualmente infeliz, momentaneamente transformado em perseguidor ignorante, embora se dizendo consciente, mas sofrendo, de alguma forma, pungentes dores morais.


Concitemos o encarnado à reformulação de idéias e hábitos, à oração e ao serviço, porquanto, através do exercício da caridade, conseguirá, sensibilizar o temporário algoz, que o libertará, ou granjeará títulos de enobrecimento, armando-se de amor e equilíbrio para prosseguir em paz, jornada a fora.


... E em qualquer circunstância procuremos em Jesus, Mestre e Guia de todos nós, o amparo e a proteção, entregando-nos a Ele através da prece e da ação edificante, porque somente por meio do amor o homem será salvo, já que o amor é a alma da caridade.


Obsessões e obsidiados são as grandes chagas morais dos tumultuados dias da atualidade. Todavia, a Doutrina Espírita, trazendo de volta a mensagem do Senhor, em espírito e verdade, é o portal de luz por onde todos transitaremos no rumo da felicidade real que nos aguarda, quando desejemos alcançá-la.


(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão pública da noite do dia 13-11-1976, no Centro, Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador, Bahia).


Reformador – maio de 1977

OBSESSÃO E LOUCURA

Publicado por Marcio-geec em 11/8/2006

Caírbar Schutel

Sob o ponto de vista Espírita o desequilíbrio das funções cerebrais se traduz pelas duas palavras: Obsessão e Loucura.


Obsessão é o domínio que os maus Espíritos exercem sobre certas pessoas no intuito de submetê-las à sua vontade, pelo simples prazer de fazerem mal, ou exercerem uma vingança.


Loucura é um estado mórbido dos órgãos que se traduz as mais das vezes por uma lesão; é, portanto uma moléstia tísica em sua causa, ainda que seja mental na maior parte dos seus efeitos.


Na obsessão se distingue a sugestão, a fascinação e subjugação - como na loucura se verificam a monomania, a mania, a demência e a idiotismo.


A sugestão é o que chamamos obsessão simples; - o indivíduo conhece uma força estranha que sobre ele atua, procura livrar-se e se tem à força moral precisa para vencer o inimigo, dele se desembaraça com mais ou menos dificuldade.


A fascinação tem conseqüências muito mais graves: o Espírito conduz aquele a quem domina como quem conduz um cego e pode excitá-lo a proceder de modo ridículo, comprometedor e até perigoso.


A subjugação é uma pressão que paralisa a vontade daquele que a sofre, e o faz proceder contra a sua vontade. Acha-se verdadeiramente sob um jugo.


A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso o subjugado é solicitado a tomar determinações absurdas e comprometedoras, que por uma espécie de ilusão julga sensatas: é uma espécie de fascinação em alto grau. No segundo caso o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.


É bastante se ter assistido uma sessão de Hipnotismo para compreender a cena que invisivelmente se desenrola ante nós e que deixamos desapercebida por não afetar os nossos sentidos materiais.


Assim também o cego de nascença negará a ação hipnótica exercida de um indivíduo a outro.


O hábito mata a sensação: o costume de ver loucos e de não buscar as causas que engendraram a loucura nos faz encarar por um outro prisma os desarranjos mentais que têm encerrado nos manicômios tantos infelizes.


Voltando ao hipnotismo é preciso lembrar que neste também se observa diversas fases ou estado: 1 ° Sugestão; 2° Fascinação; 3° Catalepsia; 4° Estado Sonambúlico; 5° Estado Letárgico; 6° Sonambulismo lúcido; 7° Extático.


A este último sucede o desdobramento da pessoa.


Quem hipnotiza não é o corpo e sim o indivíduo - o ser pensante - o Espírito. Claro está que sendo o homem imortal ele pode continuar a hipnotizar no estado invisível em que se acha, exercendo com mais facilidade o seu império, visto a sua invisibilidade - é o que chamamos obsessão.


Hipnotiza-se um indivíduo violentando-lhe à vontade, aniquilando-lhe a liberdade; é nisto que o hipnotismo se diferencia do magnetismo. A hipnotização de um para outro homem é uma obsessão intervivos


Hipnotizáveis são, mais ou menos, todas as pessoas e com mais forte razão aquelas que abdicam a liberdade - o livre arbítrio que por Deus lhe foi concedido obedecem cegamente os preconceitos e as imposições que lhes são sugeridas. Donde se pode concluir que é difícil hipnotizar um espírita verdadeiro: um homem que pensa, que raciocina, que discute, que analisa, que compreende, e sabe discernir o bom do mau - a verdade da falsidade.


O espírita médium não se deixa hipnotizar, e quando ele fica mediunizado é que se deixou magnetizar e não hipnotizar, palavras mui distintas e de significação mui diversa.


São raríssimos os casos de obsessão espírita e o testemunho desta verdade dá o grande alienista e neuro-patologista dr. Henrique Marselli - professor de clínica mental e nervosa na Universidade de Gênova, quando diz em seu livro:


"É meu dever declarar que deploráveis casos de nevrose "espírita" são muito raros; na minha carreira e entre milhares de doentes, apenas me recordo de quatro ou cinco. Todos os espíritas que melhor conheço me pareceram todos de um caráter equilibrado, duma inteligência cultivada e de uma excelente saúde"


Revista Internacional de Espiritismo – Outubro de 1984

COMO RECONHECER QUANDO ALGUÉM ESTÁ OBSEDIADO.

Quando alguém está sofrendo obsessão, há alterações de comportamento fisico, mental e emocional.

Qualquer pessoa com conhecimento doutrinário espírita e um pouco de treinamento no campo do atendimento fraterno, reconhece os sinais dessa alteração. (Percepção de fluidos ou a vidência são bons auxiliares na verificação do estado obsessivo, mas não são meios exclusivos nem infalíveis).

Na obsessão simples, os sinais revelados são tênues, insuficientes para detectar a influência maléfica, a não ser para quem conheça a pessoa no seu estado normal.

Quando a obsessão se acentua, os sinais de alteração começam a ficar evidentes, tais como:

• Olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar ninguém;
• tiques e cacoetes nervosos;
• desalinho ou desleixo na aparência pessoal - excentricidade;
• agitação, inquietude, intranqüilidade;
• medo e desconfiança injustificados;
• apatia, sonolência, mente dispersa;
• idéias fixas;
• excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza;
• agressividade gratuita, difícil de conter;
• ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência, contorções, etc.;
• pranto incontrolável sem motivo;
• orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados.

Na Subjugação, quando a pessoa volta ao normal, após uma crise, geralmente se queixa do domínio sofrido e lamenta atos infelizes que praticou.

Na Fascinação, os demais notam a fantasia, o fanatismo, a fixidez, o absurdo das idéias, só a pessoa que não.

No Médium, destacaremos os seguintes sinais obsessivos: (item 243 de "O Livro dos Médiuns"):

1. Persistência de um Espírito em se comunicar, bem ou mau grado, pela escrita, audição, tiptologia, etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2. Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe.
3. Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e, sob nomes respeitáveis, dizem coisas falsas e absurdas.
4. Confiança do Médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam.
5. Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opniões aproveitáveis; tomar a mal a crítica das comunicações que recebe.
6. Necessidade incessante e inoportuna de escrever e dar comunicações.
7. Constrangimento qualquer dominando-lhe a vontade. Rumores e desordens ao seu redor, sendo ele de tudo a causa ou objetivo.


Obsessão

Existem obsessões que não têm senão a mesma origem: o obsessor, que poderá ser encarnado ou desencarnado, SUGESTIONA aquele a quem deseja mal, durante o sono natural ou provocado por ele próprio.
Impôe-lhe sua vontade e, ao despertar, o paciente obedece-lhe em tudo, sem forças para se furtar à tenebrosa teia. Tais obsessões são facilmente curáveis pelo Espiritismo, ou por um hábil magnetizador, que agirá com os mesmos processos, anulando a pressão do primeiro sobre o paciente.
Muitos crimes de várias naturezas, suicídio, embriaguez, etc., têm origem nesse fenônemo psíquico. E será bom que o homem, todos esses aspectos da sua própria vida, a fim de se furtar a tais possibilidades, pois, uma vida serena, voltada às coisas de Deus, a educação da mente e do caráter são barreiras que interceptam tais ações da parte de entidades inferiores. Os Espíritos superiores, todavia, só se servem desse poder, natural nos homens como nos Espíritos, para finalidades elevadas ou caritativas.


(Do livro Ressurreição e Vida - Ivone Pereira, pg 208)

OS INIMIGOS DESENCARNADOS

Não sendo a morte física o aniquilar da vida, é natural que todos aqueles Espíritos que se transferem de retorno para o mundo espiritual mantenham as características morais que lhes assinalavam a individualidade.
Recuperando a lucidez após o decesso celular, volvem à consciência as mensagens que foram armazenadas durante a trajetória orgânica, auxiliando-os na evocação de acontecimentos e feitos nos quais participaram.



Em algumas ocasiões não ocorre esse fenômeno em razão do estado de perturbação em que se encontram após o túmulo, mantendo fixações enfermiças e condutas infelizes.
Compreensivelmente, no primeiro caso, ressumam com mais facilidade as impressões vigorosas, aquelas que fortemente feriram ou dignificaram as emoções.
Nesse capítulo, os sentimentos de animosidade que tipificam os Espíritos inferiores ressurgem, levando-os aos processos de angústia e ressentimento, que procuram contornar mediante o desforço a que se propõem contra aqueles que os afligiram e que permanecem na viagem carnal.


É compreensível que não possuindo os tesouros morais de nobreza nem de elevação, deixam-se consumir pelo ódio, sendo levados às fontes geradoras do sofrimento que experimentam, no caso, as pessoas que se fizeram responsáveis pela sua desdita.
Surgem, nessa fase, as vinculações psíquicas com os antigos desafetos, aqueles que se tornaram motivo da sua aflição.
Reconhecendo a razão do sofrimento, sem, no entanto, entender as causas profundas, aquelas que dizem respeito à Justiça Divina, em face do desconhecimento da reencarnação e sua lei de Causa e Efeito, convertem-se em inclementes cobradores do que supõem ser dívidas para com eles contraídas.

Dispondo de mobilidade e fixando-se mentalmente ao adversário mediante a afinidade moral, inicia-se o doloroso processo de obsessão, que tanto se apresenta em forma de surto patológico, na área dos distúrbios psicológicos de conduta e de emoção, bem como em lenta e perversa inspiração doentia que termina por transformar-se em transtorno mais grave.


Quando não se encontram lúcidos, são igualmente atraídos, em razão da lei de sintonia existente entre devedor e cobrador, decorrente da convivência espiritual nas mesmas faixas de inferioridade em que se movimentam os encarnados e os desencarnados.
Não padece qualquer dúvida quanto à influência exercida pelos Espíritos na convivência com as criaturas humanas, especialmente com aquelas de natureza permissiva e vulgar, cruel e indiferente, em razão do estágio moral em que ainda se encontram.
Pululam em volta do planeta bilhões de seres espirituais em estágio primário de evolução, aguardando ensejo de renascimento carnal, tanto quanto de desencarnados em estado de penúria e de sofrimento que se transformam em parasitas dependentes de energias específicas, que exploram e usurpam dos seres humanos que se lhes assemelham.


Desse modo, aqueles que se sentem prejudicados de alguma forma, têm maior facilidade em imiscuir-se na economia mental e emocional daqueles que consideram seus adversários pelos prejuízos que lhes teriam causado, perseguindo-os de maneira consciente ou não.
Os inimigos desencarnados constituem fator de desequilíbrio na sociedade terrestre que deve ser levado em conta pelos estudiosos do comportamento e das diretrizes sociológicas.
*
O mundo espiritual é preexistente ao físico, real e fundamental de onde vêm as populações humanas e para onde retornam mediante o veículo da desencarnação.
O objetivo essencial da desencarnação é propiciar o desenvolvimento intelecto-moral do Espírito na sua trajetória evolutiva.
Possuindo o psiquismo divino embrionário, em cada etapa do processo de crescimento desdobram-se-lhes faculdades e funções adormecidas que se agigantarão através dos evos, até que seja alcançada a plenitude.


Não obstante, os atavismos que remanescem como tendências para repetir os gravames e os equívocos a que se acostumaram, exercem maior predominância em a natureza de todos, embora o Deotropismo que o atrai na direção fecunda e original da sua causalidade.
A escolha de conduta define-lhe o rumo de ascensão ou de queda, a fim de permanecer no obscurantismo em relação à verdade ou no esforço dignificante da auto-iluminação.
Quando se esforça pelo bem proceder, prosseguindo na vivência das regras da moral e do bem, libertando-se dos grilhões dos vícios, mais facilmente alcança os níveis elevados de harmonia interior e os planos espirituais de felicidade, onde passa a habitar. Todavia, quando se compromete na ação do mal, é induzido a reescrever as páginas aflitivas que ficaram na retaguarda, resgatando os delitos praticados através do sofrimento ou mediante as ações de benemerência que o dignificam.


Em razão da comodidade moral e da preguiça mental, situa-se, não raro, na incerteza, na indiferença em relação ao engrandecimento ou comprazendo-se nas sensações nefastas, quando poderia eleger as emoções superiores para auxiliar-se e para socorrer aqueles a quem haja prejudicado, reparando os males que foram gerados mediante os contributos de amor educativo oferecidos.
Os inimigos desencarnados, desse modo, vinculam-se aos seres humanos atraídos pelas afinidades morais, pelos sentimentos do mesmo teor, pelas condutas extravagantes que se permitem.
*
Nunca desperdices a oportunidade de ser aquele que cede em contendas inúteis quão perniciosas;
de perder, no campeonato da insensatez, a fim de ganhar em paz interior;


de servir com devotamento, embora outros sirvam-se, explorando a bondade do seu próximo;
de oferecer compreensão e compaixão em todas e quaisquer circunstâncias que se te deparem;
de edificar o bem onde te encontres, na alegria ou na tristeza, na abundância ou na escassez;
de oferecer esperança, mesmo quando reinem o pessimismo e a crueldade levando ao desânimo e à indiferença;
de ser aquele que ama, apesar das circunstâncias perversas;
de silenciar o mal, a fim de referir-te àquilo que contribua em favor da fraternidade;
de perdoar, mesmo aquilo e aquele que, aparentemente não mereçam perdão;

de ensinar corretamente embora predominem a prepotência, e por essa razão mesmo...
Nunca te canses de confiar em Deus, seja qual for a situação em que te encontres.
Vestindo a couraça da fé e esgrimindo os equipamentos do amor, os teus inimigos desencarnados não encontrarão campo emocional nem vibratório em ti para instalar as suas matrizes obsessivas, permitindo-te seguir em paz, cantando a alegria de viver e iniciando a Era Nova de felicidade na Terra.
Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na sessão mediúnica da noite de 28 de fevereiro de 2005, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 04.02.2008.

EM TORNO DA OBSESSÃO

Autor:
Marcos Paulo de Oliveira Santos

“Cada célula é um pequeno ser sensitivo.” - Deepak Chopra.

“Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis quando será o tempo.” - Jesus.


Uma psicosfera pestífera grassa em torno do orbe terreno, contaminando sobejamente os incautos das leis divinas, nada obstante os esforços hercúleos dos benfeitores da Humanidade em favor do progresso ético-moral e científico-tecnológico.
A conduta reprochável do ser humano ao largo da história o conduz a um labirinto de lágrimas e sofrimentos. A violência, a sexolatria, a drogadição, a corrupção, o hedonismo... um séquito de hediondos facínoras morais retêm o espírito imortal no mundo sombrio. E como conseqüências surgem os graves problemas obsessivos.

Configura-se a obsessão nas lúcidas palavras de Suelly Caldas Schubert “toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental negativa - por um motivo qualquer - através de simples sugestão, indução ou coação, com o objetivo de domínio - processo esse que se repete continuamente, na Terra ou no Plano Espiritual inferior.”
Ainda sob a égide dessa magnífica autora, elenca-se a obsessão da seguinte maneira:

1. Encarnado para encarnado
É comum esse tipo de obsessão, haja vista a instabilidade emocional e psicológica dos seres humanos.
Normalmente, constitui uma obsessão sub-reptícia e a pessoa que sofre a ação sente-se muitas vezes protegida. Mas não percebe que “esse amor se torna tiranizante, demasiadamente possessivo, tolhendo e sufocando a liberdade do outro”. Ocorre sobejamente no cadinho doméstico na figura do marido que vive cerceando a esposa; ou esta que impõe seus caprichos ao companheiro; os pais, inseguros, que governam os filhos e impedem-lhes quaisquer iniciativas; é o amigo que pela sua força mental, seu poder de persuasão consegue dominar a vontade do outro.


2. Desencarnado para desencarnado


Ao adentrarmos a vida nova, após o desencarne, levaremos conosco todas as nossas idiossincrasias. Se positivas, essas virtudes concorrerão em nosso favor ensejando-nos companhias agradáveis de espíritos nobres. Mas, se negativas, teremos dificuldades em alçar vôos mais altos e atrairemos para junto de nós os espíritos que se coadunam com os nossos vícios, com as nossas fixações mentais negativas.
“Os homens são os mesmos: carregam os seus vícios e paixões, as suas conquistas e experiências onde quer que estejam”.
Devido aos nossos desajustes morais e psíquicos e, se descuramos da reforma íntima e da prece como um recurso de proteção e paz, podemos sofrer no além-túmulo o jugo dos obsessores que só podem nos atingir devido aos nossos desajustes, notadamente devido a fraqueza mental.
Esses asseclas do mal são capazes de criar regiões astrais de baixíssimo padrão vibratório para as suas vinganças e perseguições cruéis a outros espíritos desavisados ou a encarnados que se mergulham em vícios materiais e morais.


3. De encarnado para desencarnado


Trata-se de um tipo muito comum de obsessão, mormente devido ao despreparo de muitos de nós diante do desencarne. Quando um ente querido adentra o mundo dos espíritos, nós que ainda estamos na matéria densa nos revoltamos contra o Criador, somos tomados por sentimentos de dor, remorso entre outros. E essas matérias mentais negativas acabam por atormentar aqueles que já partiram. Muitas vezes eles entram em desequilíbrio devido ao nosso “amor” egoísta e possessivo. Ficamos inconformados e desesperados.


Toda essa onda mental atinge aqueles que partiram antes de nós e muitas vezes eles sentem-se também desesperados por se verem incapazes de dizer que a vida continua, que estão bem e que torcem para a nossa vitória moral.
Suely Caldas Schubert destaca também que a insatisfação dos herdeiros com a partilha dos bens determinada pelo morto faz com que o rancor, a raiva, a revolta e vários outros sentimentos negativos atinjam-no. E ele nada pode fazer a não ser lamentar as lutas ferozes por mais bens materiais daqueles que ficaram na matéria.


4. De desencarnado para encarnado


Muitos espíritos que desconhecem sua situação de desencarnados acabam, sem o quererem, por influenciar os que estão encarnados. Mas há a situação de perseguição e de vingança conscientes.
Os desencarnados têm vantagem por não serem vistos facilmente, não estarem na matéria e, outrossim, saberem das nossas imperfeições morais que muitas vezes ocultamos para os encarnados, mas que são impossíveis de serem ocultadas para a multidão de espíritos que nos cercam. É por esta razão que eles sabem as nossas fraquezas morais a agem sobre elas, para verem a nossa queda.


É o álcool, a droga, o sexo, algumas doenças psíquicas, a indução ao suicídio e tantas outras atuações que muitas vezes não percebemos e julgamos serem os nossos pensamentos.


5. Obsessão recíproca


“Essa característica de reciprocidade transforma-se em verdadeira simbiose, quando dois seres passam a viver em regime de comunhão de pensamentos e vibrações. Isto ocorre até mesmo entre os encarnados que se unem através do amor desequilibrado, mantendo um relacionamento enervante.”
Trata-se de uma simbiose. Obsessor-vítima estão jungidos. Necessitam-se, porque criaram liames desarmônicos. O conúbio infeliz oriundo da força mental negativa ou de comportamentos infelizes prossegue não somente no campo físico. Mas, também, no momento do sono físico, quando o espírito liberto da matéria densa continua a agir do mesmo modo.


6. A AUTO-OBSESSÃO


É um tipo de obsessão muito comum na sociedade hodierna. São pessoas que criam doenças fantasmas. Cuidam excessivamente do corpo, vivem para o culto da forma, enveredam-se pelo mundo da vigorexia, anorexia, bulimia, utilizam substâncias anabólicas entre outros meios. Ou ainda, descuidam do veículo carnal, afirmam que o importante é o espírito e que, por isso mesmo, devem imolar o corpo. Criam doenças fantasmas que nenhum esculápio consegue solucionar. “Sofrem por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo e transformam-se em (...) vítimas de si próprios.”


COMO TRATAR A OBSESSÃO?


- APRENDER A ORAR: formular preces com sentimento, com fé! Realizar, ao menos uma vez por semana, o culto do evangelho no lar.


- REFORMA INTERIOR: criar meios de sair dos vícios, esforçar-se, trabalhar em prol de si mesmo e do semelhante com a certeza de dias melhores. A reforma moral é uma tarefa não só da pessoa que passa por um processo obsessivo, mas para todos nós, espíritas ou não. A caridade é a melhor terapia. E devemos envidar todos os esforços para nos melhorarmos e seguirmos as pegadas do mestre de Nazaré.


- A FORÇA DE VONTADE E A AÇÃO MENTAL: alargam-se os estudos no campo da neurociência sobre o poder mental, particularmente a vontade interior do ser humano. A vontade de melhorar-se, que é filha da mente disciplinada no bem, faz com que o indivíduo mobilize as células espirituais e materiais para melhor e crie recursos que (conforme a vontade de Deus) farão com que a cura se estabeleça ou não. Não era sem sentido que Jesus sabiamente asseverava: “Tua fé o curou!”.


“Pelo pensamento desceremos aos abismos ou chegaremos às estrelas. Pelo pensamento nós nos tornamos escravos ou nos libertamos.”
- ESCLARECIMENTO DO OBSIDIADO: o obsidiado de hoje é o algoz do passado. Deste modo, ele necessita entender que a sua situação é um reflexo de um passado e também de suas atitudes do presente. Deste modo, torna-se imprescindível alertá-lo sobre a sua participação no processo de libertação. Ele será o protagonista desse processo. Oferecer-lhe esperança de dias melhores, apresenta-lhe uma proposta de alegria de viver e, paulatinamente, mostrar-lhe que por meio da reforma interior, pela mudança comportamental, ele logrará êxito.

- A FLUIDOTERAPIA: realizada nas casas espíritas, a fluidoterapia é uma ferramenta importantíssima nesse processo. Como o próprio nome indica é a terapia por meio do fluido. E o maior e mais relevante fluido de qualquer ser humano é o amor. O médium passista no momento em que realiza o passe está com o amparo e a proteção dos mentores espirituais, para a eficaz doação do amor. E “o amor cobre a multidão de pecados”, o amor transforma para o bem, o amor enseja a paz.


- A FAMÍLIA: faz-se mister a participação familiar no processo de reequilíbrio do indivíduo que sofre obsessão. Devem-se eliminar as brigas, desavenças no lar; realizar o culto do evangelho no lar; participar de atividades assistenciais; buscar a reforma interior; criar hábitos edificantes, salutares.

PARA SABER MAIS:

- Leia as obras de Manoel Philomeno de Miranda (espírito), psicografadas pelo médium Divaldo Pereira Franco. Tratam-se de obras notáveis e que muito nos esclarecem acerca da obsessão.

- O livro Obsessão/Desobsessão - Profilaxia e Terapêutica Espíritas, de Suely Caldas Schubert, também apresenta-nos importantes conhecimentos acerca da temática.

- Toda a série Nosso Lar, do espírito André Luiz é de conteúdo ímpar. Notadamente a obra Libertação trata de maneira interessante sobre os processos obsessivos.

- A obra notável A obsessão: instalação e cura. Organizada por Adilton Pugliese, baseada nas obras de Manoel Philomeno de Miranda.