sábado, 1 de março de 2008

O que nos diz o espiritismo acerca da questão aborto?

A doutrina espírita ensina-nos que somos espíritos imortais, criados por Deus simples e ignorantes, com o livre arbítrio e a aptidão para o bem ou o mal.
Nosso destino é atingirmos a e, com essa, conseguirmos a verdadeira felicidade. Essa perfeição será alcançada à medida que nos formos melhorando, quer moral, quer intelectualmente. A fim de que possamos atingir esse objectivo, Deus nos concede o instrumento da reencarnação, através da qual, de existência em existência, vamo-nos descartando e libertando das nossas imperfeições e adquirindo as virtudes necessárias à nossa felicidade.
Assim, analisando a questão do aborto, que como bem sabemos, interrompe o processo reencarnatório de um espírito que se preparou, durante anos, na erraticidade, para retornar à carne em busca da sua própria evolução. Assim sendo,torna-se pois, um acto absolutamente violento e contrário às leis de Deus, pois frustra a esse espírito que iria reencarnar a oportunidade reencarnatória de que necessita para poder progredir. Impedimos através do aborto, que esse mesmo espírito passe pelas provas necessárias à sua própria evolução e para o que o novo corpo lhe serviria de instrumento. Ensinam-nos os Espíritos Codificadores que, desde o instante da concepção, o espírito se encontra ligado ao novo corpo através laço fluídico, que se vai apertando cada vez mais até ao momento do nascimento, em que o novo ser corporal deixa o ventre materno e vem à luz de uma nova encarnação. Antes disso, mesmo, dependendo da sua situação evolutiva, pode o espírito já começar a ligar-se afectivamente aos seus futuros novos pais, frequentando, inclusivé, o ambiente em que renascerá para a vida carnal. As obras de André Luiz mostram-nos isso. Com o aborto, a futura existência é anulada e o espírito reencarnante terá de recomeçar de novo a preparação para uma nova encarnação. Assim, para o Espiritismo, o aborto é uma transgressão à lei de Deus e a mãe ou quem quer que seja que concorra para a sua prática cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do seu nascimento, adquirindo, para si, um débito expiatório que, necessariamente, terá de ser resgatado nesta ou numa próxima encarnação. Somente numa hipótese a doutrina espírita aceita a prática do aborto: quando o nascimento da criança puser em perigo a vida da mãe. Nesta hipótese, hoje já pouco provável, face ao progresso dos recursos médicos, é preferível que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gotaria de saber se a mãe que práticou esse aborto, poderá... terá, a chace de receber o mesmo espírito em sua próxima gestação.

Anónimo disse...

Também Gotaria de saber se a mãe que práticou esse aborto, poderá... terá, a chace de receber o mesmo espírito em sua próxima gestação. Fiz um aborto há uns três anos, um ato de puro desespero e alienação, me arrependi profundamente e sempre penso nas consequências que meu ato pode ter afligido além de mim, outro ser em evolução, hoje eu tenho uma filha que está com três mese, e sempre me pergunto se ela é a mesma pessoa que estava tentando entrar na minha vida.Além dela tenho uma filha mais velha, com 7 anos.
Fiquem com Cristo.

Curso de Introdução ao Espiritismo disse...

Em relação aos comentários anteriormente colocados, surgem várias hipóteses e várias explicações sobre diferentes aspectos.
Sim, o espirito pode ter nova hipótese de reencarnar com a mesma mãe, se Deus achar que efectivamente necessita reencarnar.
Esse mesmo espirito poderia ter como prova passar pela prova do aborto e isso aconteceu, isto sem no entanto retirar as responsabilidades e as causas que possam surgir em relação à mãe pela responsabilidade da pratica do aborto.
Em caso desse mesmo espirito ter nova tentativa de reencarnação e conseguir reencarnar, ele poderá ou não vir profundamente revoltado em relação ao acto praticado do aborto.
Espero ter respondido a suas duvidas.
Abraço fraterno e disponham
Pedro